A palavra “Amor” faz-nos pensar em algo de puro, de belo e de verdadeiro. Algo sem mal, mas o amor nem sempre é assim, maior parte das vezes ele faz-nos chorar, gritar e sofrer.
Quem nunca sofreu por amor?
Eu já!
Há cerca de um ano, apaixonei-me como nunca.
Tudo começo numa festa. No meio da multidão, eu só reparei nele, no seu olhar triste, na sua cara de anjo, no seu cabelo de rebelde, no seu sorriso envergonhado e na sua maneira de olhar para mim, de forma tão sensível que despertou logo em mim o interesse.
Não foi necessário muitas palavras para nos percebermos, apenas gestos, abraços e beijos tornaram a nossa relação em algo de especial, lindo, único e só nosso…
Só nosso?
Cheguei a pensar que sim, no entanto descobri que ele não sentia isso só por mim, havia outra pessoa. Uma rapariga bem diferente de mim, mais alta, loira e com mais experiência da vida. Alguém com uma forte personalidade, alguém de quem eu tinha medo.
Receava de o perder, que ele escolhesse ficar com ela, que me deixasse.
Mais tarde vi nele algo de estranho, perguntei-lhe o que se passava, o que tinha acontecido. Ele não me respondeu, olhou longamente para mim, acabando por dizer:
-“Desculpa, nunca quis que isso acontecesse!”
Senti logo em mim o medo a ficar cada vez maior, não queria saber o porquê, mas tive que perguntar.
Ele estava ali, sentado a minha frente, com as mãos juntas da barriga. Tinha os olhos húmidos e os lábios secos, podia quase sentir o seu coração a bater, cada vez mais rápido, com mais intensidade.
Quando finalmente ouvi aquelas palavras, que tanto temia, tudo me parecia um pesadelo. Um pesadelo do qual queria acordar, infelizmente era bem real…
O amor da minha vida tinha acabado de me anunciar que amava outra,
que queria ficar com ela e que ia ser pai.
Meu mundo desmoronou-se!
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