Neste momento estou num sítio quente junto ao respirar do vento. Tenho a ponta do nariz vermelha e estou a tremer, porém, não sinto o frio. Sentada, com o meu caderno de capa preta nas mãos, observo o mar que está bastante agressivo e penso na vida. Apetece-me pegar num barco e navegar sem destino. Quero mudar de rumo, quero esquecer estes caminhos que me levam sempre aos mesmos lugares. Hoje, sinto-me completamente vazia e independente de tudo a minha volta.
Afinal, nada me prende, a nada me ligo, a nada pertenço.
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