Há
dias em que sinto necessidade de abandonar todas as minhas roupas usadas,
aquelas que já têm a forma do meu corpo, aquelas que trazem com elas
recordações e memórias. Preciso de fugir da civilização e refugiar-me na
floresta, sozinha com o vento. Quero isolar-me de tudo o que me foi importante.
Procuro a paz, o silêncio e os sons do desconhecido.
Não
tenho medo que apareça por cá lobos, eles já não me assustam, muito menos os
ursos disfarçados de homens. Nesta floresta o perigo é menor do que no mundo
real. Aqui ninguém me faz mal, ninguém me julga, apenas sobrevivemos juntos.
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