Descobri, escondidas numa pequena caixa vermelha, no fundo de um gaveta, as fotos de uma vida inteira, a minha vida.
A minha frente encontravam-se imagens de momentos do meu passado. Olhei uma a uma cada fotografia que ali estava.
O dia em que nasci, a primeira vez que andei sozinha, o primeiro rapaz que eu amei, as brincadeiras com a minha irmã, os meus aniversários, as minhas desilusões, em poucas fotos eu recordava todos os sorrisos e todas as lágrimas.
Acabei por olhar com mais atenção para a foto em que eu estava a andar de bicicleta, vi no fundo da imagem, por mais estranho que isso pareça, um homem. Era uma pessoa que eu nunca tinha visto antes, provavelmente um “emplastro” como se lhe costuma chamar, mas aí perguntei-me quantas pessoas neste mundo me tinham, a mim, como “emplastro” no fundo de uma foto? Quantos momentos de felicidade ou de tristeza partilhei eu, com desconhecidos? Quantos desconhecidos partilharam comigo os momentos da minha vida sem saber de nada?
Provavelmente tantos...
Wow, entendo bem o que queres dizer... Não há pior maneira de nos sentirmos sozinhos do que nos desencontrar-mos com um "desconhecido" para o resto da vida. Percebes o que quero dizer? ; ) eheh beijinhos*
ResponderEliminarYah percebo tão bem. E vi que tu também percebeste o significado deste meu texto Iolanda ;D
ResponderEliminarBeijinhos ;D
: ) Querida
ResponderEliminarPrefiro viver as minhas imagens!
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