- Tens medo amor? – Perguntou-me ele com o olhar fintado em
mim.
- Sim tenho, mas não quero parar já! – Respondi-lhe enquanto
me concentrava no brilho dos seus olhos.
Ele abraçou-me com muita força e acrescentou num tom de voz
tranquilizante:
- Boneca, deixa-te levar pelo calor do momento – e sorriu-me.
Sorriu como costumava fazer a cada vez que se sentia bem, e eu retribuí-lhe um
sorriso de felicidade.
Os meus pensamentos foram de imediato interrompidos pelo
suave toque da sua mão na minha, acariciou-a com toda a delicadeza e beijou-me
a face. Os seus lábios carnudos cor de cereja estavam a chamar pelos meus e
senti um desejo ainda mais forte de me entregar por completa a ele. Sorrimos
durante vários segundos, sem desviar o olhar um do outro, e acabei por beijá-lo
langorosamente. A sua boca tinha o sabor a mel ou talvez a doce de morango. Não
sei ao certo, mas era algo verdadeiramente doce e agradável de provar.
Estranhamente, dei por mim a beijá-lo vezes sem conta,
sentindo a cada novo beijo um arrepio que me percorria o corpo todo e me
libertava uma descarga de felicidade junto a barriga. Sabia bem quando ele me
mordia o pescoço ou me trincava o lábio, era algo que me dava ainda mais
vontade de o mimar e ele sabia disso. Quando finalmente, parei de o beijar, já
depois de ter ficado sem fôlego, peguei na mão dele e meti-a junto ao meu
coração, pedi-lhe para não me magoar e para nunca esquecer o momento que
estávamos prestes a viver. Ele consentiu com um amo-te tanto princesa, nunca
irei esquecer o momento que estamos a viver, nunca me irei esquecer de ti.
Naquele preciso momento, senti que tudo iria correr bem, que estava com a
pessoa certa, no local certo e preste a fazer a coisa certa. Deitamo-nos, lado
a lado na toalha que ele estendera no meio da floresta e contemplamos o céu de
mãos dadas, confiantes no futuro, no nosso futuro juntos e novamente nos
beijamos mas este beijo era diferente, era o mais intenso de todos.
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