Eu tinha um defeito que também era uma grande
qualidade. Eu, esta pequena miúda de apenas 165 centímetros e de cara de bebé,
me entregava por inteira. Digo isto para qualquer tipo de relacionamento, seja
de uma amizade até um namoro, eu me entregava de corpo, alma, cabeça, e
coração. Entregava tudo de mim e não me contentava com o pouco, o quase ou o
talvez. Ou era tudo, ou nada. Sempre ou nunca. Sim ou não. Era exigente ao
extremo, mas de certa forma, isso acabava por ser um grande problema para mim.
Chamavam-me de possessiva, mas mal sabiam que na realidade eu era egoísta.
Aquilo que era meu, meu era e não o partilhava com mais ninguém, e o que não era,
era meu também. Ninguém sabia, mas eu sofria tanto sendo assim.
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